quarta-feira, 21 de maio de 2014

"A CONDIÇÃO INDESTRUTÍVEL DE TER SIDO", HELENA TERRA - ED. DUBLINENSE


A autora gaúcha Helena Terra tem sua estréia na narrativa longa com esta obra.

Um livro de fácil leitura, envolvente e atual.

Nele você encontra uma história de amor que acaba se tornando quase uma obsessão, até a realidade vir à tona.

Quais as chances de encontrar o verdadeiro amor oculto entre as centenas de nomes sem rosto que frequentam um blogue coletivo?

A narradora de "A condição indestrutível de ter sido", esbarra por acaso com Mauro, um sujeito simpático e inteligente, e, impelida pela paixão, resolve canalizar todas as suas energias para concretizar este relacionamento. Mesmo ele morando distante e sendo casado.



* Trechos e frases:



"Se há esperança para recordar, você segue em frente. Se você tem alguém para compartilhá-la e andar junto, para dizer, sim, essa é a nossa trincheira, essa é a nossa tábua a mar aberto, seja de um mar salgado ou de invisibilidades, você se ultrapassa e vai além da rotina complexa..."


"Naquela boca, havia dedos, garras. Aquela boca evocava-me e dilatava-me. Sugava um céu pelas minhas coxas, sugava nuvens pelos meus ombros e pelo meu pescoço. A vontade era de entregar-me a ele com a urgência de uma carta extraviada durante anos para que ele me rompesse e me lesse em alto amor."


"A rotina é uma adequação. A existência, não. Viver não é estar sempre de acordo, adaptada. Regras se quebram."


"O meu coração é um corpo que não desiste de mim."


"Vem pousar o teu requinte de pássaro sobre o meu voo, sobre a penugem das minhas orações e da minha delicadeza, que a minha delicadeza há de ser o teu refúgio e também a força que estancará esses teus anos de fuga e de demorada solidão."


"Notas musicais preenchem faltas."


"Ele tentava me confortar. Eu queria ser confortada. E queria tanto que poderia ir com ele para qualquer ponto do planeta. Escrevi a ele: vou com você para onde você quiser. Iria como uma nuvem, transformei-me em nuvens. Criei para nós um céu de palavras e o habitei com uma atmosfera carregada de esperanças e de verbos. A esperança e o verbo eram o meu ar, as minhas nuvens, o meu amor. Sem eles, pouco me importaria ser de carne e osso e ter ou não uma cabeça, tronco e membros."








2 comentários:

  1. Respostas
    1. Não há o que agradecer, tudo que é bom deve ser compartilhado. Grande sucesso sempre a você Helena e estou aguardando o próximo livro.
      Bjão ;)

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