Madame Bovary de
Gustave Flaubert é um romance intenso que
resultou num escândalo ao ser publicado em 1857.
O livro é
considerado pioneiro dentre os romances realistas. Quando foi lançado, houve na França um grande interesse
pelo romance, pois levou seu autor a julgamento devido à dura depreciação dos
valores burgueses, sendo ele acusado de “imoralidade”.
Uma obra da
qual tenho imenso apreço, pois além ser um dos grandes clássicos da literatura,
sinto grande fascínio pelos romances e autores realistas.
Trechos e frases:
“Procuro nos búzios e no
horóscopo o resto da minha dignidade. Tento ser mais cética, mais durona, mas
sou totalmente tendenciosa quando alguma coisa diz que eu
posso ser feliz. É sempre mais fácil culpar o autosabotamento com signos do
zodíaco ou algo que se preze, do que entender que você, independente de onde
marte esteja neste exato momento, gosta de arrancar as próprias penas apenas
para ver aonde dói.
(...)
O amor que tanto se proclama, dessa busca e espera infindável, "que chegue e será bem vindo, que será esperado" que some em alguns meses, que se sobrepõe na esquina por um outro qualquer, por essa falta, esse buraco no estômago, essa fome de se sentir amado, de se sentir querido, de se sentir seguro, quando amor é nada além da sensação de estar caindo e não saber onde se segurar.
E por isso eu culpo toda e qualquer manifestação esotérica, pelo meu amor volúvel que vai para qualquer pessoa que me desperte algo que valha terminar o dia, e sendo assim é mais fácil despejar em alguma coisa impalpável a minha incapacidade de ser como o resto das pessoas.
Porque eu nunca tive motivos para acreditar em nada que dure para sempre. Porque eu sempre fui tocada pelas mais diferentes formas de vida e por qualquer frase um pouco mais inteligente, porque dói entender que a posição da lua não interfere no quanto eu morro um pouco todos os dias. Porque eu acredito em tudo e isso de não descartar nada me faz voltar para casa depois de me apaixonar a cada esquina, e querer uma cama só.
Eu me machuco pra saber onde dói, mas hoje sei exatamente que parte de mim sente mais falta dele. Tudo.”
(...)
O amor que tanto se proclama, dessa busca e espera infindável, "que chegue e será bem vindo, que será esperado" que some em alguns meses, que se sobrepõe na esquina por um outro qualquer, por essa falta, esse buraco no estômago, essa fome de se sentir amado, de se sentir querido, de se sentir seguro, quando amor é nada além da sensação de estar caindo e não saber onde se segurar.
E por isso eu culpo toda e qualquer manifestação esotérica, pelo meu amor volúvel que vai para qualquer pessoa que me desperte algo que valha terminar o dia, e sendo assim é mais fácil despejar em alguma coisa impalpável a minha incapacidade de ser como o resto das pessoas.
Porque eu nunca tive motivos para acreditar em nada que dure para sempre. Porque eu sempre fui tocada pelas mais diferentes formas de vida e por qualquer frase um pouco mais inteligente, porque dói entender que a posição da lua não interfere no quanto eu morro um pouco todos os dias. Porque eu acredito em tudo e isso de não descartar nada me faz voltar para casa depois de me apaixonar a cada esquina, e querer uma cama só.
Eu me machuco pra saber onde dói, mas hoje sei exatamente que parte de mim sente mais falta dele. Tudo.”
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